segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Obrigada

Quero agradecer a todos, colegas de grupo que foram formidáveis, ao Professor que esteve sempre presente nos momentos certos (principalmente aquando da "confusão" dos guiões) e especialmente aos meus Filhos, por me terem aturado todas as neuras durante este tempo, porque isto de ser trabalhadora, estudante, Mãe, dona de casa, etc. nem sempre é fácil, por isso perdoem-me a minha às vezes pouca disponibilidade para vocês, o meu mau humor pelo excesso de trabalho,a minha falta de paciência.. a vossa ajuda e colaboração, inclusivé nas tarefas domésticas para que me pudesse muitas vezes dedicar aos trabalhos do mestrado foi essencial. Sem vocês dificilmente chegaria onde cheguei! Tenho os melhores Filhos do mundo.

Reflexão final

Chegámos à hora do balanço! Parece um “adeus”; é simplesmente um sentimento que me assalta quando chega esta altura; anseio muito por esta fase, mas depois a nostalgia assalta-me! Enfim, tirando a parte da “lamechice” penso que os objectivos propostos nesta unidade curricular foram atingidos: familiarizei-me com os procedimentos metodológicos que norteiam e permitem a realização de uma investigação no campo da Educação, tomei conhecimento dos métodos possíveis, dos instrumentos de recolha e de análise de dados, reflecti sobre as respectivas vantagens e desvantagens, adquiri sensibilidade para os aspectos éticos e penso ter desenvolvido as competências necessárias para a realização da dissertação de mestrado.
Essas competências estão relacionadas com o projectar uma investigação em Educação, realizar pesquisas relevantes e seleccionar a informação relevante para os fins em vista, proceder a uma revisão da literatura sobre um dado campo, analisando criticamente a informação pesquisada, seleccionar e aplicar métodos e técnicas de investigação, tendo em conta os objectivos da investigação, proceder à análise e interpretação dos dados recolhidos numa investigação, analisar criticamente o relatório de uma investigação, adoptar uma postura ética na actividade investigativa e reflectir criticamente sobre o meu percurso pessoal
Nesta etapa em que tive a percepção de que estaríamos em pleno trabalho autónomo, valeu-nos o espírito colaborativo entre os elementos do grupo Corto Maltese que tiveram a oportunidade de também estreitar laços de amizade, partilhando conhecimentos e criando uma dinâmica muito positiva entre todos.
No que diz respeito à minha prestação individual, esforcei-me por realizar as tarefas que iam sendo sugeridas, por cumprir os prazos estabelecidos e por participar oportunamente nos fóruns, tentando fazer intervenções que trouxessem algum valor acrescentado aos assuntos que iam sendo discutidos, para além de interagir com os colegas.
O acompanhamento do professor em todas as tarefas foi fundamental, mais concretamente na parte em que nos sentimos um pouco perdidos na escolha dos guiões; o dar indicações, responder a dúvidas, propor soluções atempadamente tem uma importância muito grande para o sucesso de todo o processo.

Tema 4 - Conciliar investigação e inovação


Investigação Aplicada sobre o Desenho - DBR

O DBR apresenta-se com potencialidades de poder contribuir para a mudança das práticas dos professores. Por um lado, permite que os professores fundamentem as suas estratégias de ensino, usando os resultados da investigação educacional, através de ações comunicativas (HABERMAS, 1990) com investigadores. Por outro lado, possibilita a recolha de dados sobre como decorre a aprendizagem e sobre como os professores aprendem a ensinar, correndo riscos,vencendo dilemas ao pôr em ação atividades inovadoras e distintas daquelas usadas, permitindo a construção de conhecimento profi ssional, teorizando a prática.
O interessante é pensar nas diversas vezes que já foi discutido em várias unidades deste mestrado a mudança e que ela é urgente na aprendizagem, mas essa mudança faz-se com os professores e os professores têem que estar muito envolvidos e muitas vezes existem obstáculos de ordem vária que impede esse envolvimento e como já se disse também várias vezes a mudança nas mentalidades não se faz por decreto.

a) Quais os aspectos mais inovadores da DBR?
O artigo escolhido por mim seleccionado está relacionado com um estudo efectuado relativamente às propostas de trabalho que se podem aplicar em sala de aula pelos professores, neste caso são professores de ciências e penso que é um bom exemplo para quem tem dificuldade de entender logo de inicio o que significa “DBR” .

Esta abordagem, traduzida por investigação com base no planeamento – “designbased research (DBR)” apresenta como aspectos inovadores o facto de ser uma proposta de trabalho colaborativo entre investigadores e professores, aumentando assim o conhecimento da investigação educacional sobre como os alunos aprendem e simultaneamente contribuir para a inovação e melhoria das práticas e para o desenvolvimento profissional dos professores.

Esta abordagem tenta dar resposta a problemas que se colocam a professores e a investigadores, como seja a implementação de práticas de ensino baseadas em resultados da investigação de modo a diminuir o fosso existente entre a investigação educacional e as práticas dos professores.

Não existe apenas uma perspectiva sobre o significado de investigação com base no planeamento. Alguns autores consideram-na uma metodologia de investigação, outros, uma forma de investigação ou ainda um paradigma de investigação. Todavia, os diferentes autores concordam que a investigação baseada no planeamento (DBR) responde a algumas limitações que se verificam noutros tipos de investigação educacional.

A investigação baseada no planeamento (DBR) - representa um novo paradigma de investigação no aprender a ensinar .

b) De que forma se relaciona com as abordagens tradicionais descritivo/qualitativo e/ou experimental/quantitativo?

Esta metodologia, e uma vez que estamos a falar de investigação educacional que é sempre bastanta complexa, procura melhorar as práticas educacionais através da análise, desenvolvimento e implementação e é baseada numa colaboração entre investigadores e professores num contexto de mundo real tentanto simultaneamente tentar melhorar as teorias e estratégias de intervenção.

Assim sendo, temos que a considerar integrativa porque os inverstigadores precisam de integrar uma variedade de métodos e abordagens qualitativas e/ ou quantitativas em função das necessidades da investigação estando assim os resultados associados ao processo não só da forma pela qual foram gerados, mas também ao meio onde a investigação foi desenvolvida.

c) Que dificuldades antecipam na sua implementação?

Segundo a leitura de alguns artigos relacionados com o tema, existem algumas dificuldades, como por exemplo ter tempo para pesquisar em sala de aula com os alunos o que é sempre um desafio e uma dificuldade porque a pesquisa em design baseado é muito demorada devido à sua natureza interativa. O tempo nas escolas como todos nós sabemos é muito limitado, e o dia-a-dia tem também outras solicitações (a maioria burocráticas. Se queremos falar em realidades concretas podemos referir que a motivação e o empenho não são muitas vezes suficientes para colocar em prática determinadas actividades, existem factores que impedem muitas vezes o desempenho com êxito de determinados projectos.

Disessa e Cobb (2004) argumentam que em muitos estudos falta uma base teórica forte e não existe uma tentativa de obter resultados importantes para o melhoramento e a evolução da teoria. Segundo estes autores também não existem normas para identificar quando um projeto deve ser abandonado ou ser suficientemente interessante para justificar a sua exploração.Existe também um problema em relação ao excesso de dados e análise de dados; Brown (1992) expressou preocupação com a seleção de dados como uma possível limitação da pesquisa em design. E o excesso de dados costumam resultar em enormes esforços para os analisar, e os resultados podem ter apenas pequenas contribuições para o conhecimento educacional.

Segundo o artigo em que me baseei, DBR apresenta-se com potencialidades de poder contribuir para a mudança de práticas de professores. Por um lado, permite que os professores fundamentem as suas estratégias de ensino, usando os resultados da investigação educacional, através de ações comunicativas (HABERMAS, 1990) com investigadores. Por outro lado, possibilita a recolha de dados sobre como decorre a aprendizagem e sobre como os professores aprendem a ensinar, correndo riscos, vencendo dilemas ao pôr em ação atividades inovadoras e distintas daquelas usadas, permitindo a construção de conhecimento profissional, teorizando a prática.

d) Quais as principais implicações/conclusões?

Ainda segundo o artigo em que me baseei os autores consideram que esta estratégia metodológica sistemática e flexível tem por finalidade melhorar as práticas dos professores através da reflexão interativa.

Os investigadores podem oferecer uma melhor compreensão das práticas de ensino, mas nem sempre têm uma visão correta do mundo real. Os professores, por sua vez, nem sempre utilizam ou não utilizam corretamente os resultados da investigação (HARGREAVES, 1997, HALLAM, 2000; COSTA et al., 2003).

Assim sendo, promove-se a interacção através da comunicação entre os professores e os investigadores (COSTA et al., 2003; MONK; OSBORNE, 2000).

Os investigadores educacionais envolvem-se assim, em contextos da vida real criando colaborativamente com os práticos inovações e estudando sistematicamente as aprendizagens resultantes. A colaboração entre investigadores e práticos, com base em diferentes tipos de conhecimento e de linguagem, promove quadros conceituais globais, úteis para o trabalho dos investigadores e para os práticos, diminui o fosso entre teoria e prática e permite a construção de uma espiral contínua de evolução do conhecimento e de inovação.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tema 3 - Síntese para análise de conteúdo



O professor sugeriu que, em trabalho de pares, se trocassem as análises das entrevistas e se procedesse à fase de validação.

Na minha opinião, este cruzamento de informações e troca de impressões entre os colegas faz sentido, na medida em que permite ajustar e relançar outras visões e pontos de vista relativamente à análise destas questões.

Neste tipo de investigação é fundamental criar um conjunto de categorias e subcategorias que permitem chegar aos mesmos resultados após diversas análises em momentos diferentes.

Considera-se que a fidelidade é completa quando a categoria não é ambígua, ou seja, permite classificar a unidade de registo.

Eu e a Maria Francisco trocámos então as nossas análises de conteúdo, bem como as próprias entrevistas e partilhámos opiniões sobre as mesmas: as dificuldades que tivemos no preenchimento da grelha, o teor e pertinência das categorias e subcategorias que criámos, etc.

Relativamente às duas análises de entrevistas e sobre as quais recaiu a nossa troca de impressões, verifico que ambas têm mais pontos em comum do que pontos divergentes, havendo mesmo coincidências na classificação das diferentes categorias e subcategorias.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tema 3 - Análise de conteúdo da minha entrevista

Iniciámos este 3ºtema com a proposta de análise de conteúdo da nossa entrevista cuja matriz foi proposta pelo Professor.
A análise de conteúdo de uma entrevista dá imenso trabalho: formar as sub-categorias, criar as unidades de registo e fazer corresponder as respectivas unidades de contexto é "dose"! E apenas fizemos uma entrevista e curta! Todavia, seria deveras muito interessante alargar a nossa amostra! Os nossos professores conhecem as redes sociais? Dominam-nas? Acham que podem ser utilizadas para a aprendizagem? Não seria de todo descabido fazer uma dissertação sobre este tema! Será que com a utilização destas conseguiriamos maior motivação dos alunos? Menos insucesso?
Na unidade HA o meu grupo está a construir um Hiperespaço utilizando o Facebook! Vamos ver qual será o resultado!

A minha entrevista

Bem, no final de Dezembro já tinha a minha entrevista feita: confesso que não fiquei muito satisfeita, pois a minha entrevistada era da família e considerei que se estabeleceu "um demasiado à vontade"! Por outro lado, a minha entrevistada também tinha pouquíssimos conhecimentos para opinar sobre redes sociais o que também não enriqueceu muito a entrevista. Todavia, tive que admitir que talvez seja esta a grande maioria de professores e não devemos ser tentados a manipular os dados para chegar a resultados que desejamos.
Enfim.... fiz a entrevista possível!


Conduzir uma entrevista é particularmente dificil: a isenção de opinião é um atributo que temos que manter, mas por vezes sentimo-nos tentados a interferir