A 5ª parte do Tema 2 consta na elaboração de um guião, por cada equipa, para uma entrevista. Esse guião deverá depois ser discutido em fórum, com o objectivo de acertarmos um guião conjunto, que deverá ser usado na realização de entrevistas no terreno.
As entrevistas são semi-estruturadas e inserem-se num estudo de caso sobre as representações de professores do ensino básico/secundário que sejam amigos pessoais dos estudantes do MCEM. (estamos a forçar um pouco o caso, mas é para efeitos de trabalho prático).
São três as questões de investigação:
1) O que pensam esses professores sobre as redes sociais a exemplo do Facebook, Myspace, Hi5, Twitter, etc?
2) Como é que vêm a sua (hipotética/real) participação numa rede social?
3) Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?
“Nem acção sem investigação nem investigação sem acção” Kurt Lewin
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Tema 2 - Entrevistas
Entrevista é uma situação, mais ou menos formal, provocada pelo entrevistador. Decorre num espaço e num tempo que estruturam a interacção durante a entrevista.
Como caracterizar as entrevistas quanto ao número de sujeitos inquiridos?
- Individual se o objectivo é recolher informação sobre o entrevistado, pode não seguir uma estrutura rígida
- Grupo se o objectivo é recolher informação de vários participantes e características comuns
Como se podem diferenciar as entrevistas relativamente aos temas em análise?
Directiva - guião da entrevista é rígido, a ordem das perguntas respeita uma lógica
Semi-directiva - o entrevistador conhece os temas sobre os quais tem que recolher informação, mas a ordem e a forma de questionar é livre
Não directiva - convida-se o entrevistado a organizar o seu discurso a partir de um tema proposto e o entrevistador só intervém para encorajar.
Como diferenciar entrevistas quanto à estruturação?
Estruturada – obedece a estruturação prévia para a sua concretização. Obedece a uma ordem rígida”
Semi-estruturada – o objectivo é a obter dados, obtidos de diferentes entrevistados, passíveis de comparar . Pode haver flexibilidade na ordem
Não estruturada – as questões são colocadas de acordo com o decorrer da conversa. Não existe ordem predefinida
Como construir um guião para uma entrevista?
1. Caracterização dos entrevistados (idade, escolaridade, localidade,…)
2. Selecção da população e da amostra alvo
3. Definição da temática e dos objectivos da entrevista
4. Estabelecimento do meio de comunicação (oral, escrito,telefone, e-mail, etc), espaço onde decorre a entrevista e do tempo
5. Descriminação das características e perguntas do guião
6. Produção e aspecto gráfico do guião
7. Validação da entrevista pela análise critica, por outros indivíduos de relevo.
Ética
- É fundamental informar os inquiridos da origem, objectivos e entidade que promove o estudo;
- É fundamental garantir total liberdade de querer ou não participar ou mesmo abandonar a meio o questionário;
- É fundamental garantir o anonimato da informação e questionar o inquirido, se esse for o caso, da possibilidade de os dados poderem ter outro uso, o qual ele deve autorizar.
Como caracterizar as entrevistas quanto ao número de sujeitos inquiridos?
- Individual se o objectivo é recolher informação sobre o entrevistado, pode não seguir uma estrutura rígida
- Grupo se o objectivo é recolher informação de vários participantes e características comuns
Como se podem diferenciar as entrevistas relativamente aos temas em análise?
Directiva - guião da entrevista é rígido, a ordem das perguntas respeita uma lógica
Semi-directiva - o entrevistador conhece os temas sobre os quais tem que recolher informação, mas a ordem e a forma de questionar é livre
Não directiva - convida-se o entrevistado a organizar o seu discurso a partir de um tema proposto e o entrevistador só intervém para encorajar.
Como diferenciar entrevistas quanto à estruturação?
Estruturada – obedece a estruturação prévia para a sua concretização. Obedece a uma ordem rígida”
Semi-estruturada – o objectivo é a obter dados, obtidos de diferentes entrevistados, passíveis de comparar . Pode haver flexibilidade na ordem
Não estruturada – as questões são colocadas de acordo com o decorrer da conversa. Não existe ordem predefinida
Como construir um guião para uma entrevista?
1. Caracterização dos entrevistados (idade, escolaridade, localidade,…)
2. Selecção da população e da amostra alvo
3. Definição da temática e dos objectivos da entrevista
4. Estabelecimento do meio de comunicação (oral, escrito,telefone, e-mail, etc), espaço onde decorre a entrevista e do tempo
5. Descriminação das características e perguntas do guião
6. Produção e aspecto gráfico do guião
7. Validação da entrevista pela análise critica, por outros indivíduos de relevo.
Ética
- É fundamental informar os inquiridos da origem, objectivos e entidade que promove o estudo;
- É fundamental garantir total liberdade de querer ou não participar ou mesmo abandonar a meio o questionário;
- É fundamental garantir o anonimato da informação e questionar o inquirido, se esse for o caso, da possibilidade de os dados poderem ter outro uso, o qual ele deve autorizar.
TEMA 2 - MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS - Métodos quantitativos
A equipa Corto Maltese efectuou a seguinte análise da dissertação Neto, C. (2006):
A autora apresenta claramente os objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário?
No primeiro capítulo, pag. 12-13, a autora apresentou claramente 4 objectivos gerais que deram lugar a este estudo, os quais passamos a citar:
- Verificar as condições de acesso à Internet (professores e alunos).
- Caracterizar a relação de professores e alunos com a Internet, numa perspectiva comparativa.
- Analisar as representações dos dois grupos, no que respeita à Internet e ao seu papel na sociedade, em geral, e na educação formal, em particular.
- Averiguar a forma como os alunos realizam uma pesquisa na Internet.
Nas pag. 64 e 65 da sua dissertação mencionou claramente ainda os objectivos específicos do estudo, nomeadamente:
- Verificar a facilidade de acesso (ou não) à Internet.
- Verificar a frequência de acesso à rede.
- Apurar as razões de uma fraca navegação na Internet (se for o caso).
- Identificar os interesses que motivam o acesso à rede.
- Caracterizar a relação dos dois grupos com a Internet, em termos técnicos.
- Identificar as representações que os actores educativos têm acerca dos conteúdos presentes na rede e sua organização.
- Verificar o grau de importância atribuída à Internet.
- Aquilatar o grau de confiança relativamente aos conteúdos que circulam na Internet.
- Comparar as perspectivas e práticas dos dois grupos alvo.
Na dissertação apresentada há indicação dos passos que estiveram subjacentes à construção do questionário?
Embora fosse referido o passo da validação do questionário e da respectiva correcção, referindo a autora que o questionário foi submetido “à validação prévia necessária a um pequeno grupo de alunos e professores, tarefa esta que levou a correcção de aspectos de forma e conteúdo”, pensamos que a autora não apresenta de forma clara os passos subjacentes à construção do questionário. Mas informa que "os instrumentos de investigação utilizados foram dois questionários, um destinado a professores e outro aos alunos, constituídos por perguntas fechadas e por questões de escolha múltipla, pretendendo-se que satisfizessem os objectivos propostos". Também não foram referidas questões de ética especificamente no que se refere aos questionários.
A amostra é claramente identificada?
Sim, a amostra é claramente identificada: inquéritos realizados a:
- 350 alunos de 5 escolas (3 escolas do Distrito do Porto e 2 escolas do distrito de Bragança)
- 110 professores de ambas as escolas (mas que, devido à mobilidade, são de diferentes zonas geográficas. Sem preocupação de identificação geográfica).
É indicado o método usado na definição da amostra?
O estudo tinha delineados os objectivos gerais e considerações sobre o que se pretendia estudar (Capítulo 1). O estudo incidiu sobre dois grupos de sujeitos (p.64). A caracterização da amostra onde foi aplicado o questionário foram escolas da zona Norte, dos distritos de Porto e Bragança, para permitir comparar os resultados entre o litoral e o interior, pelas situações geográficas que apresentam (como favorável e desfavorável) e diferentes estilos de vida que poderiam apresentar resultados diferentes. O critério de selecção foi a existência de professores que mostraram interesse em colaborar, bem como a presença de computadores com ligação à Internet ao dispor dos alunos. As escolas seleccionadas foram básicas 2, 3 (1 em cada distrito) e secundárias (2 no distrito do Porto e 1 no de Bragança) e os anos de escolaridade seleccionados foram o oitavo e nono anos.
As escolas seleccionadas obedeceram “a critérios relacionados com a existência de elos de comunicação” pelos contactos entre professores e alunos.
Os questionários foram realizados durante o ano de 2004 /2005.
Não estão claramente definidos métodos na definição da amostra, mas de acordo com o especificado acima, e na tese em análise.
Não é especificado o método formal de amostragem. Pela informação constante no documento pode-se aferir que é um método não aleatório[1], pela escolha clara do público a questionar onde se podem destacar, os métodos de amostragem:
- por conveniência (“Os casos escolhidos são os que estão facilmente disponíveis” e a selecção é do critério do entrevistador);
- por quotas (é escolhida não aleatória de tamanho determinado pela fracção de amostragem;
- Intencional snowball ou bola-de-neve (o grupo inicial de indivíduos escolhidos identifica outros com as características da população alvo).
Este tipo de amostragem não aleatória comporta desvantagens como:
a) a amostra de casos não é necessariamente representativa do universo;
b) “não permite extrapolar com confiança para o universo os resultados e conclusões tiradas a partir da amostra “;
Como vantagens podem destacar-se por serem métodos mais rápidos, baratos.
[1] O método aleatório consiste num sorteio absolutamente aleatório da amostra de incidência. Este método dá iguais possibilidades a todos os elementos representativos a estudar, no entanto, pode ser mais dispendioso e complexo na execução.
O método não aleatório não é aconselhável quando se pretende extrapolar para o universo os resultados e conclusões obtidas com a amostra, mas pode ser útil para testar as primeiras versões de um questionário.
http://sebenta.janjos.com/index.php/AMOSTRAGEM#M.C3.A9todos_de_amostragem_casual_.28m.C3.A9todos_probabil.C3.ADsticos.29
http://www.infopedia.pt/$amostra-(estatistica)
O questionário usado foi objecto de validação prévia?
O questionário usado foi validado pela elaboração prévia de uma primeira versão “submetida à apreciação de 20 alunos e 10 professores.”
“As dificuldades, dúvidas e sugestões dos intervenientes permitiram corrigir aspectos de forma e conteúdo”, tendo sido reformuladas duas questões e acrescentados tópicos às opções de outra pergunta (p. 66).
No capítulo da explicitação da metodologia usada há indicações sobre o modo de tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário?
Os dados foram analisados estatisticamente, no programa Excel, e apresentados os resultados percentualmente (p.67) e interpretados de acordo com os objectivos em estudo.
No estudo sobre “A interacção com a Internet” foi apresentada a metodologia, através da observação directa (p. 14; p. 84).
sábado, 6 de novembro de 2010
TEMA 2 - MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS
Recolha de dados: Procedimento lógico da investigação empírica ao qual compete seleccionar técnicas de recolha e tratamento da informação adequadas, bem como controlar a sua utilização.
Métodos e técnicas de recolha de dados: São conjuntos de procedimentos bem definidos e transmissíveis, destinados a produzir certos resultados na recolha e tratamento da informação requerida pela actividade de pesquisa (inquérito por questionário, entrevista, o teste...).
Ao contrário dos métodos qualitativos, que procuram responder à questão Porquê? os métodos quantitativos procuram responder à questão O quê?, podendo quantificar estatisticamente as hipóteses formuladas; os dois métodos devem ser utilizados para uma avaliação eficaz do estudo que queremos produzir.
Os métodos quantitativos estão baseados em instrumentos estruturados; fornecem respostas que podem ser quantificáveis e expressas numericamente; facilitam o processo de interpretação e análise e requerem maior cobertura na sua aplicação.
Os métodos quantitativos de recolha de dados podem basear-se em:
- Inquéritos ou Questionários.
Os inquéritos ou questionários são instrumentos de recolha de dados constituídos por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito.
Os questionários podem servir tanto nas entrevistas directas ou através daquelas que são enviadas por correio ou por outros meios com o fim de ser preenchido e devolvido ao pesquisador.
São instrumentos importantes no processo analítico, devendo ser devidamente enquadrados nas metodologias estatísticas.
Os questionários devem ser justos, imparciais, precisos, claros, simples, respeitadores.
- Uma boa questão nunca deve sugerir uma resposta em particular, não deve exprimir nenhuma expectativa e não deve excluir nada do que possa passar pela cabeça da pessoa a quem vai ser colocada. -
O inquérito é a aplicação de um questionário com perguntas concretas sobre uma determinada realidade, as quais devem suscitar no inquirido respostas sinceras e claras as quais posteriormente virão a ser cientificamente analisadas e classificadas.
O objectivo geral do inquérito por questionário é o de obter de maneira sistemática e ordenada informação sobre uma determinada população a investigar, ou seja, aquilo que fazem, pensam, opinam, sentem, aprovam ou desaprovam, os motivos dos seus actos…
Os objectivos específicos do inquérito por questionário visam:
- Estimar grandezas “absolutas” – número de pessoas que gostaria de receber formação; número de pessoas com uma certa opinião;
- Elaborar uma estimativa das grandezas “relativas” – criar tipologias. Por exemplo, para cada grupo da população criar estimativas sobre o interesse em determinada intervenção formativa;
- Descrever uma população ou sub-população – Determinar as características de uma população, dos que afirmam ter uma certa opinião, etc;
- Verificar hipóteses – relações entre duas ou mais variáveis.
O inquérito é um instrumento rigorosamente estandardizado tanto no texto como na ordem das questões de forma a garantir a comparabilidade das respostas de todos os indivíduos, logo as questões devem ser colocadas sempre da mesma forma, sem adaptações nem explicações adicionais por parte do inquiridor; se surgir essa necessidade é porque a questão foi mal formulada.
Métodos e técnicas de recolha de dados: São conjuntos de procedimentos bem definidos e transmissíveis, destinados a produzir certos resultados na recolha e tratamento da informação requerida pela actividade de pesquisa (inquérito por questionário, entrevista, o teste...).
Ao contrário dos métodos qualitativos, que procuram responder à questão Porquê? os métodos quantitativos procuram responder à questão O quê?, podendo quantificar estatisticamente as hipóteses formuladas; os dois métodos devem ser utilizados para uma avaliação eficaz do estudo que queremos produzir.
Os métodos quantitativos estão baseados em instrumentos estruturados; fornecem respostas que podem ser quantificáveis e expressas numericamente; facilitam o processo de interpretação e análise e requerem maior cobertura na sua aplicação.
Os métodos quantitativos de recolha de dados podem basear-se em:
- Inquéritos ou Questionários.
Os inquéritos ou questionários são instrumentos de recolha de dados constituídos por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito.
Os questionários podem servir tanto nas entrevistas directas ou através daquelas que são enviadas por correio ou por outros meios com o fim de ser preenchido e devolvido ao pesquisador.
São instrumentos importantes no processo analítico, devendo ser devidamente enquadrados nas metodologias estatísticas.
Os questionários devem ser justos, imparciais, precisos, claros, simples, respeitadores.
- Uma boa questão nunca deve sugerir uma resposta em particular, não deve exprimir nenhuma expectativa e não deve excluir nada do que possa passar pela cabeça da pessoa a quem vai ser colocada. -
O inquérito é a aplicação de um questionário com perguntas concretas sobre uma determinada realidade, as quais devem suscitar no inquirido respostas sinceras e claras as quais posteriormente virão a ser cientificamente analisadas e classificadas.
O objectivo geral do inquérito por questionário é o de obter de maneira sistemática e ordenada informação sobre uma determinada população a investigar, ou seja, aquilo que fazem, pensam, opinam, sentem, aprovam ou desaprovam, os motivos dos seus actos…
Os objectivos específicos do inquérito por questionário visam:
- Estimar grandezas “absolutas” – número de pessoas que gostaria de receber formação; número de pessoas com uma certa opinião;
- Elaborar uma estimativa das grandezas “relativas” – criar tipologias. Por exemplo, para cada grupo da população criar estimativas sobre o interesse em determinada intervenção formativa;
- Descrever uma população ou sub-população – Determinar as características de uma população, dos que afirmam ter uma certa opinião, etc;
- Verificar hipóteses – relações entre duas ou mais variáveis.
O inquérito é um instrumento rigorosamente estandardizado tanto no texto como na ordem das questões de forma a garantir a comparabilidade das respostas de todos os indivíduos, logo as questões devem ser colocadas sempre da mesma forma, sem adaptações nem explicações adicionais por parte do inquiridor; se surgir essa necessidade é porque a questão foi mal formulada.
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