segunda-feira, 25 de outubro de 2010

TEMA 1 - O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO - REFLEXÃO

Fluoxograma da equipa Corto Maltese

A equipa Corto Maltese elaborou o seguinte fluoxograma que comparando com o dos outros grupos permitem verificar a existência de critérios gerais orientadores e comuns que facilitam o processo de investigação.

Concluímos que em todo o trabalho de investigação deve ser estabelecida uma estratégia global: a realização de um trabalho prévio é essencial.

Depois de termos feito um trabalho de pesquisa bastante exaustivo chegámos então ao debate no forum que se revelou bastante enriquecedor. Conclui que o que distingue os diferentes paradigmas são o objectivo da investigação, a natureza da realidade social, a visão sobre o homem, a visão sobre o senso comum, a natureza da teoria e da explicação e a perspectiva sobre os valores.

Assim, podemos decidir sobre a metodologia de acordo com o objectivo a alcançar, mas isso não altera a visão de ver o mundo: o paradigma não surge, ele já existe antes de se fazer a investigação. Quando refiro que o paradigma vem primeiro, quero dizer, quando é gerado um problema, o paradigma já existe, não surge depois como resposta ou opção. O investigador não se desliga da carga histórica da sociedade em que se insere. Os problemas e respectivas investigações vão surgindo.

Penso que as limitações surgem no decorrer do processo: sendo que cada um dos paradigmas assenta em naturezas bem distintas – o positivismo de Comte fundamenta o paradigma quantitativo que considera que existe uma realidade objectiva que o investigador tem de ser capaz de interpreptar, tendo cada fenómeno uma só interpretação. O idealismo de Kant fundamenta o paradigma qualitativo, admitindo se aqui que existem tantas interpretações da realidade quanto os investigadores que a interpretem.

Algumas questões me ocorreram: até que ponto é que existe o distanciamento metodológico necessário entre o investigador e o narrador? (no caso de uma abordagem biográfica, por exemplo)

- Como controlar a informação obtida, no sentido da sua validação?
- Até que ponto o investigador não exerce alguma influência no narrador?

Concluímos que em todo o trabalho de investigação deve ser estabelecida uma estratégia global: a realização de um trabalho prévio é essencial.

A ciência apresenta-se como um processo de investigação que procura atingir conhecimentos seguros, sendo que para alcançar este objetivo é necessário que se planifique todo o processo de investigação, isto é delinear as etapas a serem seguidas no processo de investigação cientifica.

Todavia, não é necessário que se sigam normas rígidas: deve existir flexibilidade neste planeamento de pesquisa, para que as estratégias previstas não bloqueiem a imaginação critica do investigador. Desde a preparação até à apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvida diferente etapas.

A fase preparatória é dedicada à escolha do tema, delimitação do problema, revisão da literatura, fundamentação teórica, construção das hipóteses. O seu objetivo principal é que o investigador defina o problema que irá investigar. Esta fase será essencial, mas também aqui se apresentarão algumas dificuldades: a escolha do tema tem que indicar a questão que se quer investigar de uma forma clara; no entanto a escolha do tema ainda não diz o que o investigador quer investigar, tendo que delimitar a duvida que irá responder com a pesquisa: a delimitação do problema esclarece os limites da duvida dentro do tema escolhido e isso só é conseguido com perguntas pertinentes especificando com clareza e duvidas. Para que tudo isso aconteça é necessário que o investigador conheça bem o temas, pois ninguém investiga o que não conhece. E a forma melhor para se obter esse conhecimento é através da revisão da literatura relativamente ao tema investigado.

Em suma, de acordo com Tukey (1962, p. 13), “é preferível de longe uma resposta aproximada à pergunta certa que por vezes é vaga, do que uma resposta exacta à pergunta errada, que pode tornar-se sempre precisa."

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