“Nem acção sem investigação nem investigação sem acção” Kurt Lewin
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Guião de entrevista total - Help us!!!!!
Nesta altura estava gerado o caos! Os guiões apareciam à velocidade da luz! A wiki que deveria ter como objectivo chegar ao guião final surgiam questões, questões e mais questões, nomes, nomes e mais nomes, cores, cores e mais cores! Entrei em desespero! Não me estava a atender! Aliás penso que foi a primeira vez que foi necessária a intervenção de um Professor tal era a anarquia (risos).
Pedimos ajuda ao Professor para "por ordem" na situação tal era o caos em que nos encontrávamos. E o Professor obviamente que resolveu a situação adoptando a proposta da equipa Corto Maltese com a versão final a utilizar para guião das entrevistas.
Agora até ao final da 1ª semana de Janeiro temos que avançar com a sua realização.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Tema 2 - Apresentação dos vários guiões e sua discussão
Nesta fase cada grupo deu inicio à preparação dos respectivos guiões que iriam ser apresentados e posteriormente discutidos no fórum para chegarmos a um guião final.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Tema 2 - Act. 2. Métodos e instrumentos de recolha de dados
A 5ª parte do Tema 2 consta na elaboração de um guião, por cada equipa, para uma entrevista. Esse guião deverá depois ser discutido em fórum, com o objectivo de acertarmos um guião conjunto, que deverá ser usado na realização de entrevistas no terreno.
As entrevistas são semi-estruturadas e inserem-se num estudo de caso sobre as representações de professores do ensino básico/secundário que sejam amigos pessoais dos estudantes do MCEM. (estamos a forçar um pouco o caso, mas é para efeitos de trabalho prático).
São três as questões de investigação:
1) O que pensam esses professores sobre as redes sociais a exemplo do Facebook, Myspace, Hi5, Twitter, etc?
2) Como é que vêm a sua (hipotética/real) participação numa rede social?
3) Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?
As entrevistas são semi-estruturadas e inserem-se num estudo de caso sobre as representações de professores do ensino básico/secundário que sejam amigos pessoais dos estudantes do MCEM. (estamos a forçar um pouco o caso, mas é para efeitos de trabalho prático).
São três as questões de investigação:
1) O que pensam esses professores sobre as redes sociais a exemplo do Facebook, Myspace, Hi5, Twitter, etc?
2) Como é que vêm a sua (hipotética/real) participação numa rede social?
3) Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?
Tema 2 - Entrevistas
Entrevista é uma situação, mais ou menos formal, provocada pelo entrevistador. Decorre num espaço e num tempo que estruturam a interacção durante a entrevista.
Como caracterizar as entrevistas quanto ao número de sujeitos inquiridos?
- Individual se o objectivo é recolher informação sobre o entrevistado, pode não seguir uma estrutura rígida
- Grupo se o objectivo é recolher informação de vários participantes e características comuns
Como se podem diferenciar as entrevistas relativamente aos temas em análise?
Directiva - guião da entrevista é rígido, a ordem das perguntas respeita uma lógica
Semi-directiva - o entrevistador conhece os temas sobre os quais tem que recolher informação, mas a ordem e a forma de questionar é livre
Não directiva - convida-se o entrevistado a organizar o seu discurso a partir de um tema proposto e o entrevistador só intervém para encorajar.
Como diferenciar entrevistas quanto à estruturação?
Estruturada – obedece a estruturação prévia para a sua concretização. Obedece a uma ordem rígida”
Semi-estruturada – o objectivo é a obter dados, obtidos de diferentes entrevistados, passíveis de comparar . Pode haver flexibilidade na ordem
Não estruturada – as questões são colocadas de acordo com o decorrer da conversa. Não existe ordem predefinida
Como construir um guião para uma entrevista?
1. Caracterização dos entrevistados (idade, escolaridade, localidade,…)
2. Selecção da população e da amostra alvo
3. Definição da temática e dos objectivos da entrevista
4. Estabelecimento do meio de comunicação (oral, escrito,telefone, e-mail, etc), espaço onde decorre a entrevista e do tempo
5. Descriminação das características e perguntas do guião
6. Produção e aspecto gráfico do guião
7. Validação da entrevista pela análise critica, por outros indivíduos de relevo.
Ética
- É fundamental informar os inquiridos da origem, objectivos e entidade que promove o estudo;
- É fundamental garantir total liberdade de querer ou não participar ou mesmo abandonar a meio o questionário;
- É fundamental garantir o anonimato da informação e questionar o inquirido, se esse for o caso, da possibilidade de os dados poderem ter outro uso, o qual ele deve autorizar.
Como caracterizar as entrevistas quanto ao número de sujeitos inquiridos?
- Individual se o objectivo é recolher informação sobre o entrevistado, pode não seguir uma estrutura rígida
- Grupo se o objectivo é recolher informação de vários participantes e características comuns
Como se podem diferenciar as entrevistas relativamente aos temas em análise?
Directiva - guião da entrevista é rígido, a ordem das perguntas respeita uma lógica
Semi-directiva - o entrevistador conhece os temas sobre os quais tem que recolher informação, mas a ordem e a forma de questionar é livre
Não directiva - convida-se o entrevistado a organizar o seu discurso a partir de um tema proposto e o entrevistador só intervém para encorajar.
Como diferenciar entrevistas quanto à estruturação?
Estruturada – obedece a estruturação prévia para a sua concretização. Obedece a uma ordem rígida”
Semi-estruturada – o objectivo é a obter dados, obtidos de diferentes entrevistados, passíveis de comparar . Pode haver flexibilidade na ordem
Não estruturada – as questões são colocadas de acordo com o decorrer da conversa. Não existe ordem predefinida
Como construir um guião para uma entrevista?
1. Caracterização dos entrevistados (idade, escolaridade, localidade,…)
2. Selecção da população e da amostra alvo
3. Definição da temática e dos objectivos da entrevista
4. Estabelecimento do meio de comunicação (oral, escrito,telefone, e-mail, etc), espaço onde decorre a entrevista e do tempo
5. Descriminação das características e perguntas do guião
6. Produção e aspecto gráfico do guião
7. Validação da entrevista pela análise critica, por outros indivíduos de relevo.
Ética
- É fundamental informar os inquiridos da origem, objectivos e entidade que promove o estudo;
- É fundamental garantir total liberdade de querer ou não participar ou mesmo abandonar a meio o questionário;
- É fundamental garantir o anonimato da informação e questionar o inquirido, se esse for o caso, da possibilidade de os dados poderem ter outro uso, o qual ele deve autorizar.
TEMA 2 - MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS - Métodos quantitativos
A equipa Corto Maltese efectuou a seguinte análise da dissertação Neto, C. (2006):
A autora apresenta claramente os objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário?
No primeiro capítulo, pag. 12-13, a autora apresentou claramente 4 objectivos gerais que deram lugar a este estudo, os quais passamos a citar:
- Verificar as condições de acesso à Internet (professores e alunos).
- Caracterizar a relação de professores e alunos com a Internet, numa perspectiva comparativa.
- Analisar as representações dos dois grupos, no que respeita à Internet e ao seu papel na sociedade, em geral, e na educação formal, em particular.
- Averiguar a forma como os alunos realizam uma pesquisa na Internet.
Nas pag. 64 e 65 da sua dissertação mencionou claramente ainda os objectivos específicos do estudo, nomeadamente:
- Verificar a facilidade de acesso (ou não) à Internet.
- Verificar a frequência de acesso à rede.
- Apurar as razões de uma fraca navegação na Internet (se for o caso).
- Identificar os interesses que motivam o acesso à rede.
- Caracterizar a relação dos dois grupos com a Internet, em termos técnicos.
- Identificar as representações que os actores educativos têm acerca dos conteúdos presentes na rede e sua organização.
- Verificar o grau de importância atribuída à Internet.
- Aquilatar o grau de confiança relativamente aos conteúdos que circulam na Internet.
- Comparar as perspectivas e práticas dos dois grupos alvo.
Na dissertação apresentada há indicação dos passos que estiveram subjacentes à construção do questionário?
Embora fosse referido o passo da validação do questionário e da respectiva correcção, referindo a autora que o questionário foi submetido “à validação prévia necessária a um pequeno grupo de alunos e professores, tarefa esta que levou a correcção de aspectos de forma e conteúdo”, pensamos que a autora não apresenta de forma clara os passos subjacentes à construção do questionário. Mas informa que "os instrumentos de investigação utilizados foram dois questionários, um destinado a professores e outro aos alunos, constituídos por perguntas fechadas e por questões de escolha múltipla, pretendendo-se que satisfizessem os objectivos propostos". Também não foram referidas questões de ética especificamente no que se refere aos questionários.
A amostra é claramente identificada?
Sim, a amostra é claramente identificada: inquéritos realizados a:
- 350 alunos de 5 escolas (3 escolas do Distrito do Porto e 2 escolas do distrito de Bragança)
- 110 professores de ambas as escolas (mas que, devido à mobilidade, são de diferentes zonas geográficas. Sem preocupação de identificação geográfica).
É indicado o método usado na definição da amostra?
O estudo tinha delineados os objectivos gerais e considerações sobre o que se pretendia estudar (Capítulo 1). O estudo incidiu sobre dois grupos de sujeitos (p.64). A caracterização da amostra onde foi aplicado o questionário foram escolas da zona Norte, dos distritos de Porto e Bragança, para permitir comparar os resultados entre o litoral e o interior, pelas situações geográficas que apresentam (como favorável e desfavorável) e diferentes estilos de vida que poderiam apresentar resultados diferentes. O critério de selecção foi a existência de professores que mostraram interesse em colaborar, bem como a presença de computadores com ligação à Internet ao dispor dos alunos. As escolas seleccionadas foram básicas 2, 3 (1 em cada distrito) e secundárias (2 no distrito do Porto e 1 no de Bragança) e os anos de escolaridade seleccionados foram o oitavo e nono anos.
As escolas seleccionadas obedeceram “a critérios relacionados com a existência de elos de comunicação” pelos contactos entre professores e alunos.
Os questionários foram realizados durante o ano de 2004 /2005.
Não estão claramente definidos métodos na definição da amostra, mas de acordo com o especificado acima, e na tese em análise.
Não é especificado o método formal de amostragem. Pela informação constante no documento pode-se aferir que é um método não aleatório[1], pela escolha clara do público a questionar onde se podem destacar, os métodos de amostragem:
- por conveniência (“Os casos escolhidos são os que estão facilmente disponíveis” e a selecção é do critério do entrevistador);
- por quotas (é escolhida não aleatória de tamanho determinado pela fracção de amostragem;
- Intencional snowball ou bola-de-neve (o grupo inicial de indivíduos escolhidos identifica outros com as características da população alvo).
Este tipo de amostragem não aleatória comporta desvantagens como:
a) a amostra de casos não é necessariamente representativa do universo;
b) “não permite extrapolar com confiança para o universo os resultados e conclusões tiradas a partir da amostra “;
Como vantagens podem destacar-se por serem métodos mais rápidos, baratos.
[1] O método aleatório consiste num sorteio absolutamente aleatório da amostra de incidência. Este método dá iguais possibilidades a todos os elementos representativos a estudar, no entanto, pode ser mais dispendioso e complexo na execução.
O método não aleatório não é aconselhável quando se pretende extrapolar para o universo os resultados e conclusões obtidas com a amostra, mas pode ser útil para testar as primeiras versões de um questionário.
http://sebenta.janjos.com/index.php/AMOSTRAGEM#M.C3.A9todos_de_amostragem_casual_.28m.C3.A9todos_probabil.C3.ADsticos.29
http://www.infopedia.pt/$amostra-(estatistica)
O questionário usado foi objecto de validação prévia?
O questionário usado foi validado pela elaboração prévia de uma primeira versão “submetida à apreciação de 20 alunos e 10 professores.”
“As dificuldades, dúvidas e sugestões dos intervenientes permitiram corrigir aspectos de forma e conteúdo”, tendo sido reformuladas duas questões e acrescentados tópicos às opções de outra pergunta (p. 66).
No capítulo da explicitação da metodologia usada há indicações sobre o modo de tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário?
Os dados foram analisados estatisticamente, no programa Excel, e apresentados os resultados percentualmente (p.67) e interpretados de acordo com os objectivos em estudo.
No estudo sobre “A interacção com a Internet” foi apresentada a metodologia, através da observação directa (p. 14; p. 84).
sábado, 6 de novembro de 2010
TEMA 2 - MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS
Recolha de dados: Procedimento lógico da investigação empírica ao qual compete seleccionar técnicas de recolha e tratamento da informação adequadas, bem como controlar a sua utilização.
Métodos e técnicas de recolha de dados: São conjuntos de procedimentos bem definidos e transmissíveis, destinados a produzir certos resultados na recolha e tratamento da informação requerida pela actividade de pesquisa (inquérito por questionário, entrevista, o teste...).
Ao contrário dos métodos qualitativos, que procuram responder à questão Porquê? os métodos quantitativos procuram responder à questão O quê?, podendo quantificar estatisticamente as hipóteses formuladas; os dois métodos devem ser utilizados para uma avaliação eficaz do estudo que queremos produzir.
Os métodos quantitativos estão baseados em instrumentos estruturados; fornecem respostas que podem ser quantificáveis e expressas numericamente; facilitam o processo de interpretação e análise e requerem maior cobertura na sua aplicação.
Os métodos quantitativos de recolha de dados podem basear-se em:
- Inquéritos ou Questionários.
Os inquéritos ou questionários são instrumentos de recolha de dados constituídos por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito.
Os questionários podem servir tanto nas entrevistas directas ou através daquelas que são enviadas por correio ou por outros meios com o fim de ser preenchido e devolvido ao pesquisador.
São instrumentos importantes no processo analítico, devendo ser devidamente enquadrados nas metodologias estatísticas.
Os questionários devem ser justos, imparciais, precisos, claros, simples, respeitadores.
- Uma boa questão nunca deve sugerir uma resposta em particular, não deve exprimir nenhuma expectativa e não deve excluir nada do que possa passar pela cabeça da pessoa a quem vai ser colocada. -
O inquérito é a aplicação de um questionário com perguntas concretas sobre uma determinada realidade, as quais devem suscitar no inquirido respostas sinceras e claras as quais posteriormente virão a ser cientificamente analisadas e classificadas.
O objectivo geral do inquérito por questionário é o de obter de maneira sistemática e ordenada informação sobre uma determinada população a investigar, ou seja, aquilo que fazem, pensam, opinam, sentem, aprovam ou desaprovam, os motivos dos seus actos…
Os objectivos específicos do inquérito por questionário visam:
- Estimar grandezas “absolutas” – número de pessoas que gostaria de receber formação; número de pessoas com uma certa opinião;
- Elaborar uma estimativa das grandezas “relativas” – criar tipologias. Por exemplo, para cada grupo da população criar estimativas sobre o interesse em determinada intervenção formativa;
- Descrever uma população ou sub-população – Determinar as características de uma população, dos que afirmam ter uma certa opinião, etc;
- Verificar hipóteses – relações entre duas ou mais variáveis.
O inquérito é um instrumento rigorosamente estandardizado tanto no texto como na ordem das questões de forma a garantir a comparabilidade das respostas de todos os indivíduos, logo as questões devem ser colocadas sempre da mesma forma, sem adaptações nem explicações adicionais por parte do inquiridor; se surgir essa necessidade é porque a questão foi mal formulada.
Métodos e técnicas de recolha de dados: São conjuntos de procedimentos bem definidos e transmissíveis, destinados a produzir certos resultados na recolha e tratamento da informação requerida pela actividade de pesquisa (inquérito por questionário, entrevista, o teste...).
Ao contrário dos métodos qualitativos, que procuram responder à questão Porquê? os métodos quantitativos procuram responder à questão O quê?, podendo quantificar estatisticamente as hipóteses formuladas; os dois métodos devem ser utilizados para uma avaliação eficaz do estudo que queremos produzir.
Os métodos quantitativos estão baseados em instrumentos estruturados; fornecem respostas que podem ser quantificáveis e expressas numericamente; facilitam o processo de interpretação e análise e requerem maior cobertura na sua aplicação.
Os métodos quantitativos de recolha de dados podem basear-se em:
- Inquéritos ou Questionários.
Os inquéritos ou questionários são instrumentos de recolha de dados constituídos por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito.
Os questionários podem servir tanto nas entrevistas directas ou através daquelas que são enviadas por correio ou por outros meios com o fim de ser preenchido e devolvido ao pesquisador.
São instrumentos importantes no processo analítico, devendo ser devidamente enquadrados nas metodologias estatísticas.
Os questionários devem ser justos, imparciais, precisos, claros, simples, respeitadores.
- Uma boa questão nunca deve sugerir uma resposta em particular, não deve exprimir nenhuma expectativa e não deve excluir nada do que possa passar pela cabeça da pessoa a quem vai ser colocada. -
O inquérito é a aplicação de um questionário com perguntas concretas sobre uma determinada realidade, as quais devem suscitar no inquirido respostas sinceras e claras as quais posteriormente virão a ser cientificamente analisadas e classificadas.
O objectivo geral do inquérito por questionário é o de obter de maneira sistemática e ordenada informação sobre uma determinada população a investigar, ou seja, aquilo que fazem, pensam, opinam, sentem, aprovam ou desaprovam, os motivos dos seus actos…
Os objectivos específicos do inquérito por questionário visam:
- Estimar grandezas “absolutas” – número de pessoas que gostaria de receber formação; número de pessoas com uma certa opinião;
- Elaborar uma estimativa das grandezas “relativas” – criar tipologias. Por exemplo, para cada grupo da população criar estimativas sobre o interesse em determinada intervenção formativa;
- Descrever uma população ou sub-população – Determinar as características de uma população, dos que afirmam ter uma certa opinião, etc;
- Verificar hipóteses – relações entre duas ou mais variáveis.
O inquérito é um instrumento rigorosamente estandardizado tanto no texto como na ordem das questões de forma a garantir a comparabilidade das respostas de todos os indivíduos, logo as questões devem ser colocadas sempre da mesma forma, sem adaptações nem explicações adicionais por parte do inquiridor; se surgir essa necessidade é porque a questão foi mal formulada.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
TEMA 1 - O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO - REFLEXÃO
Fluoxograma da equipa Corto Maltese
A equipa Corto Maltese elaborou o seguinte fluoxograma que comparando com o dos outros grupos permitem verificar a existência de critérios gerais orientadores e comuns que facilitam o processo de investigação.
Concluímos que em todo o trabalho de investigação deve ser estabelecida uma estratégia global: a realização de um trabalho prévio é essencial.
Depois de termos feito um trabalho de pesquisa bastante exaustivo chegámos então ao debate no forum que se revelou bastante enriquecedor. Conclui que o que distingue os diferentes paradigmas são o objectivo da investigação, a natureza da realidade social, a visão sobre o homem, a visão sobre o senso comum, a natureza da teoria e da explicação e a perspectiva sobre os valores.
Assim, podemos decidir sobre a metodologia de acordo com o objectivo a alcançar, mas isso não altera a visão de ver o mundo: o paradigma não surge, ele já existe antes de se fazer a investigação. Quando refiro que o paradigma vem primeiro, quero dizer, quando é gerado um problema, o paradigma já existe, não surge depois como resposta ou opção. O investigador não se desliga da carga histórica da sociedade em que se insere. Os problemas e respectivas investigações vão surgindo.
Penso que as limitações surgem no decorrer do processo: sendo que cada um dos paradigmas assenta em naturezas bem distintas – o positivismo de Comte fundamenta o paradigma quantitativo que considera que existe uma realidade objectiva que o investigador tem de ser capaz de interpreptar, tendo cada fenómeno uma só interpretação. O idealismo de Kant fundamenta o paradigma qualitativo, admitindo se aqui que existem tantas interpretações da realidade quanto os investigadores que a interpretem.
Algumas questões me ocorreram: até que ponto é que existe o distanciamento metodológico necessário entre o investigador e o narrador? (no caso de uma abordagem biográfica, por exemplo)
- Como controlar a informação obtida, no sentido da sua validação?
- Até que ponto o investigador não exerce alguma influência no narrador?
Concluímos que em todo o trabalho de investigação deve ser estabelecida uma estratégia global: a realização de um trabalho prévio é essencial.
A ciência apresenta-se como um processo de investigação que procura atingir conhecimentos seguros, sendo que para alcançar este objetivo é necessário que se planifique todo o processo de investigação, isto é delinear as etapas a serem seguidas no processo de investigação cientifica.
Todavia, não é necessário que se sigam normas rígidas: deve existir flexibilidade neste planeamento de pesquisa, para que as estratégias previstas não bloqueiem a imaginação critica do investigador. Desde a preparação até à apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvida diferente etapas.
A fase preparatória é dedicada à escolha do tema, delimitação do problema, revisão da literatura, fundamentação teórica, construção das hipóteses. O seu objetivo principal é que o investigador defina o problema que irá investigar. Esta fase será essencial, mas também aqui se apresentarão algumas dificuldades: a escolha do tema tem que indicar a questão que se quer investigar de uma forma clara; no entanto a escolha do tema ainda não diz o que o investigador quer investigar, tendo que delimitar a duvida que irá responder com a pesquisa: a delimitação do problema esclarece os limites da duvida dentro do tema escolhido e isso só é conseguido com perguntas pertinentes especificando com clareza e duvidas. Para que tudo isso aconteça é necessário que o investigador conheça bem o temas, pois ninguém investiga o que não conhece. E a forma melhor para se obter esse conhecimento é através da revisão da literatura relativamente ao tema investigado.
Em suma, de acordo com Tukey (1962, p. 13), “é preferível de longe uma resposta aproximada à pergunta certa que por vezes é vaga, do que uma resposta exacta à pergunta errada, que pode tornar-se sempre precisa."
A equipa Corto Maltese elaborou o seguinte fluoxograma que comparando com o dos outros grupos permitem verificar a existência de critérios gerais orientadores e comuns que facilitam o processo de investigação.
Concluímos que em todo o trabalho de investigação deve ser estabelecida uma estratégia global: a realização de um trabalho prévio é essencial.
Depois de termos feito um trabalho de pesquisa bastante exaustivo chegámos então ao debate no forum que se revelou bastante enriquecedor. Conclui que o que distingue os diferentes paradigmas são o objectivo da investigação, a natureza da realidade social, a visão sobre o homem, a visão sobre o senso comum, a natureza da teoria e da explicação e a perspectiva sobre os valores.
Assim, podemos decidir sobre a metodologia de acordo com o objectivo a alcançar, mas isso não altera a visão de ver o mundo: o paradigma não surge, ele já existe antes de se fazer a investigação. Quando refiro que o paradigma vem primeiro, quero dizer, quando é gerado um problema, o paradigma já existe, não surge depois como resposta ou opção. O investigador não se desliga da carga histórica da sociedade em que se insere. Os problemas e respectivas investigações vão surgindo.
Penso que as limitações surgem no decorrer do processo: sendo que cada um dos paradigmas assenta em naturezas bem distintas – o positivismo de Comte fundamenta o paradigma quantitativo que considera que existe uma realidade objectiva que o investigador tem de ser capaz de interpreptar, tendo cada fenómeno uma só interpretação. O idealismo de Kant fundamenta o paradigma qualitativo, admitindo se aqui que existem tantas interpretações da realidade quanto os investigadores que a interpretem.
Algumas questões me ocorreram: até que ponto é que existe o distanciamento metodológico necessário entre o investigador e o narrador? (no caso de uma abordagem biográfica, por exemplo)
- Como controlar a informação obtida, no sentido da sua validação?
- Até que ponto o investigador não exerce alguma influência no narrador?
Concluímos que em todo o trabalho de investigação deve ser estabelecida uma estratégia global: a realização de um trabalho prévio é essencial.
A ciência apresenta-se como um processo de investigação que procura atingir conhecimentos seguros, sendo que para alcançar este objetivo é necessário que se planifique todo o processo de investigação, isto é delinear as etapas a serem seguidas no processo de investigação cientifica.
Todavia, não é necessário que se sigam normas rígidas: deve existir flexibilidade neste planeamento de pesquisa, para que as estratégias previstas não bloqueiem a imaginação critica do investigador. Desde a preparação até à apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvida diferente etapas.
A fase preparatória é dedicada à escolha do tema, delimitação do problema, revisão da literatura, fundamentação teórica, construção das hipóteses. O seu objetivo principal é que o investigador defina o problema que irá investigar. Esta fase será essencial, mas também aqui se apresentarão algumas dificuldades: a escolha do tema tem que indicar a questão que se quer investigar de uma forma clara; no entanto a escolha do tema ainda não diz o que o investigador quer investigar, tendo que delimitar a duvida que irá responder com a pesquisa: a delimitação do problema esclarece os limites da duvida dentro do tema escolhido e isso só é conseguido com perguntas pertinentes especificando com clareza e duvidas. Para que tudo isso aconteça é necessário que o investigador conheça bem o temas, pois ninguém investiga o que não conhece. E a forma melhor para se obter esse conhecimento é através da revisão da literatura relativamente ao tema investigado.
Em suma, de acordo com Tukey (1962, p. 13), “é preferível de longe uma resposta aproximada à pergunta certa que por vezes é vaga, do que uma resposta exacta à pergunta errada, que pode tornar-se sempre precisa."
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
TEMA 1 - O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO
A investigação, tal como a diplomacia, é a arte do possível
W. Q. Patton
Que métodos se podem definir em investigação educacional?
- Abordagem biográfica
- Estudo de caso
- Abordagem etnográfica
- Investigação – acção
Como caracterizar um estudo de caso em investigação?
“O estudo de caso consiste na observação detalhada de um contexto ou indivíduo, de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento específico” (Merriam, 1988).
“Os estudos de caso têm em comum uma certa dedicação ao conhecimento e descrição do ideossincrático e específico como legítimo em si mesmo” (Walker, 1993).
Quais as características de um bom problem a de investigação?
(...) uma investigação científica que investiga um fenómeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenómeno e o contexto não estão claramente definidos; enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados e, como resultado, baseia-se em várias fontes de evidência (...) e beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a colecta e análise dos dados. (YIN, 23001, p. 32-33).
Quais as etapas a percorrer num processo de investigação?
1.Formulação do problema: que questões vamos fazer, quais os objectivos a atingir
2.Definir a metodologia a utilizar: como fazer o estudo, que dados, procurar, onde e quando os vou recolher, quem os vai recolher, quais as técnicas a utilizar.
3.Trabalho de recolha de dados: Consiste em fazer os questionários, as entrevistas, observar, ler documentos.
4.Análise dos dados: temos que organiza-los, analisa-los (quadros, gráficos)
5.Conclusão: concluir a partir dos resultados da análise dos dados
6.Redacção: apresentar o trabalho através de um relatório escrito
W. Q. Patton
Que métodos se podem definir em investigação educacional?
- Abordagem biográfica
- Estudo de caso
- Abordagem etnográfica
- Investigação – acção
Como caracterizar um estudo de caso em investigação?
“O estudo de caso consiste na observação detalhada de um contexto ou indivíduo, de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento específico” (Merriam, 1988).
“Os estudos de caso têm em comum uma certa dedicação ao conhecimento e descrição do ideossincrático e específico como legítimo em si mesmo” (Walker, 1993).
Quais as características de um bom problem a de investigação?
(...) uma investigação científica que investiga um fenómeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenómeno e o contexto não estão claramente definidos; enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados e, como resultado, baseia-se em várias fontes de evidência (...) e beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a colecta e análise dos dados. (YIN, 23001, p. 32-33).
Quais as etapas a percorrer num processo de investigação?
1.Formulação do problema: que questões vamos fazer, quais os objectivos a atingir
2.Definir a metodologia a utilizar: como fazer o estudo, que dados, procurar, onde e quando os vou recolher, quem os vai recolher, quais as técnicas a utilizar.
3.Trabalho de recolha de dados: Consiste em fazer os questionários, as entrevistas, observar, ler documentos.
4.Análise dos dados: temos que organiza-los, analisa-los (quadros, gráficos)
5.Conclusão: concluir a partir dos resultados da análise dos dados
6.Redacção: apresentar o trabalho através de um relatório escrito
TEMA 1 - O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO
Depois de alguma reflexão...
Passaram 10 dias desde que "postei" aqui pela primeira vez neste blogue que se pretende de reflexão sobre metodologias de investigação. Dez dias durante os quais fiz diversas pesquisas, li a tese proposta pelo professor e agora já na posse de alguns dados para reflectir. Neste bloque que se pretende individual, existe no entanto alguma reflexão que foi feita colaborativamente com os meus colegas de equipa, Equipa CortoMaltese, Carlos Carvalho, Maria Francisco e Zé Nobre. Não quero deixar de mencionar o facto de continuar a ficar fascinada com o que ocorre num mestrado por e-learning, o poder da comunicação mesmo só através do computador é uma coisa que me surpreende sempre, o emocional a superar a máquina; a empatia criada, apesar de não conhecermos as pessoas não pode deixar de ser mais uma vez referida; objecto de dissertação para psicologia, ciencias da educação, multimedia? Penso que seja transversal a qualquer tema.
A nossa equipa:
E agora que já devaneei passemos então ao que nos traz aqui: a reflexão às questões colocadas pelo professor.
E a primeira questão é a seguinte:
Quais os paradigmas em que se pode inserir a investigação educacional?
A investigação educacional pode ser inserida dentro dos paradigmas Positivista/normativo, Interpretativo e Crítico. Todavia, o paradigma que tende a tornar-se dominante, designado por interpretativo ou hermeneutico ou, por vezes, por naturalista, segundo Borbalan, so ganha campo crescente em França, nos anos 80. Origina em toda a parte uma explosão de estudos qualitativos, descritivos, em que a entrevista em profundidade, a observação participante, o estudo de caso, a biografia e os documentos autobiográficos, se tornam métodos ou apenas instrumentos priviligiados.
Segundo Guba & Lincoln,1994, existem 3 questões que nos ajudam a definir um paradigma de investigação:
1. A questão ontológica pergunta: Qual é a natureza da realidade?
2. A questão epistemológica pergunta: Qual é a natureza do conhecimento e as relações entre o sujeito e o objecto de conhecimento?
3. A questao metodológica pergunta: Como pode o sujeito conhecer o objecto de conhecimento?
Quais as grandes diferenças entre investigação quantitativa e qualitativa?Na investigaçao qualitativa a fonte directa de dados é o ambiente natural, constituindo o investigador o instrumento principal; é descritiva; os investigadores interessam-se mais pelo processo do que simplesmente pelos resultados ou produtos; o significado é de importância vital na abordagem qualitativa.
A investigação quantitativa baseia-se em técnicas de recolha, apresentação e analise de dados que permitem a sua quantificação e o seu tratamento através de métodos estatísticos.
Passaram 10 dias desde que "postei" aqui pela primeira vez neste blogue que se pretende de reflexão sobre metodologias de investigação. Dez dias durante os quais fiz diversas pesquisas, li a tese proposta pelo professor e agora já na posse de alguns dados para reflectir. Neste bloque que se pretende individual, existe no entanto alguma reflexão que foi feita colaborativamente com os meus colegas de equipa, Equipa CortoMaltese, Carlos Carvalho, Maria Francisco e Zé Nobre. Não quero deixar de mencionar o facto de continuar a ficar fascinada com o que ocorre num mestrado por e-learning, o poder da comunicação mesmo só através do computador é uma coisa que me surpreende sempre, o emocional a superar a máquina; a empatia criada, apesar de não conhecermos as pessoas não pode deixar de ser mais uma vez referida; objecto de dissertação para psicologia, ciencias da educação, multimedia? Penso que seja transversal a qualquer tema.
A nossa equipa:
E agora que já devaneei passemos então ao que nos traz aqui: a reflexão às questões colocadas pelo professor.
E a primeira questão é a seguinte:
Quais os paradigmas em que se pode inserir a investigação educacional?
A investigação educacional pode ser inserida dentro dos paradigmas Positivista/normativo, Interpretativo e Crítico. Todavia, o paradigma que tende a tornar-se dominante, designado por interpretativo ou hermeneutico ou, por vezes, por naturalista, segundo Borbalan, so ganha campo crescente em França, nos anos 80. Origina em toda a parte uma explosão de estudos qualitativos, descritivos, em que a entrevista em profundidade, a observação participante, o estudo de caso, a biografia e os documentos autobiográficos, se tornam métodos ou apenas instrumentos priviligiados.
Segundo Guba & Lincoln,1994, existem 3 questões que nos ajudam a definir um paradigma de investigação:
1. A questão ontológica pergunta: Qual é a natureza da realidade?
2. A questão epistemológica pergunta: Qual é a natureza do conhecimento e as relações entre o sujeito e o objecto de conhecimento?
3. A questao metodológica pergunta: Como pode o sujeito conhecer o objecto de conhecimento?
Quais as grandes diferenças entre investigação quantitativa e qualitativa?Na investigaçao qualitativa a fonte directa de dados é o ambiente natural, constituindo o investigador o instrumento principal; é descritiva; os investigadores interessam-se mais pelo processo do que simplesmente pelos resultados ou produtos; o significado é de importância vital na abordagem qualitativa.
A investigação quantitativa baseia-se em técnicas de recolha, apresentação e analise de dados que permitem a sua quantificação e o seu tratamento através de métodos estatísticos.
domingo, 10 de outubro de 2010
O início...
Este blogue foi criado com o objectivo de anotar comentários pessoais sobre leituras e pesquisas realizadas, além das minhas reflexões sobre o trabalho desenvolvido.
O primeiro tema é dedicado a procurar identificar paradigmas e métodos de investigação em Educação, a definir as etapas do processo investigativo e a traçar as características de um relatório de investigação.
Temos também como tarefa imediata iniciar a construção de uma wiki da comunidade de investigadores, cujas equipas serão criadas oportunamente.
Para já temos que nos debruçar sobre diversas questões, entre elas quais os paradigmas em que se pode inserir a investigação educacional, as grandes diferenças entre investigação quantitativa e qualitativa.
O primeiro tema é dedicado a procurar identificar paradigmas e métodos de investigação em Educação, a definir as etapas do processo investigativo e a traçar as características de um relatório de investigação.
Temos também como tarefa imediata iniciar a construção de uma wiki da comunidade de investigadores, cujas equipas serão criadas oportunamente.
Para já temos que nos debruçar sobre diversas questões, entre elas quais os paradigmas em que se pode inserir a investigação educacional, as grandes diferenças entre investigação quantitativa e qualitativa.
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